quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

quem me torno... ou, um pouco do outro em mim...

Eric White Images
 Interesso-me por quem você é..............
A partir de que ou quem... você é???
Por que, como, onde você é???
Foi isso que sempre fiz... me interessar pelo percurso... pela subjetividade...
Explico... procurando em sites, dicionários, encontraremos uma definição mais ou menos assim... SUBJETIVIDADE, nosso mundo interno que construímos a partir de meio-ambiente, valores, crenças, experiências... e isso tudo é determinante, influenciando nossos sentimentos, pensamentos e o modo como nos relacionamos com o outro............... na verdade este conceito é tão maior do que isso... sempre vamos encontrar dados para acrescentar...
Então, o outro me inquieta, a diversidade de pensamentos e ações... daí percebo que o que me intriga sou eu... verifico então porque só somos, a partir do outro... de repente vejo que esta teia é maior do que eu pensava...............

Paola... poeta do cotidiano... transforma em poema nossas lutas, nossos vazios...
Eva... contadora de histórias... somos transportados literalmente... como é bom...
Juliana... imaginando como podemos estar melhor neste planeta... indicando beleza, poesia, filmes, livros...
Fernanda... doses homeopáticas de sonhos...
Wilson... sem paciência pro virtual... mas super engajado...
José Carlos... sempre me contextualizando sobre questões do cotidiano...
Elaine... seu cantinho sempre me alertando sobre o que estou pondo pra dentro...
Ibirá... encontro com outra cultura...
Nicole... coragem pra falar de assunto delicado... idéias que compartilho...
Priscila... palavras bem colocadas... sem medo da super-exposição...

Alguns invisíveis que me acompanham no mundo virtual... e que compõe uma parte de minhas ferramentas para a construção de quem me torno...
Alguns autores, que já mencionei por aqui, alimentaram-me, socorreram-me, sustentaram-me,  eu reproduzia tudo.............. como havia paciência... e amor tb, eu sei... aqui reproduzo o que leio...

4 comentários:

  1. Sentimos diferentes formas de prazer..

    as palavras escritas podem se mostrar um cano de escape ou uma canal de conexão com os sonhos.

    Nas palavras de outrem podemos vestir um personagem e vivenciar emoções de um mundo paralelo..deliciarmo-nos com imagens criadas a partir de uma descrição envolvente.

    podemos nos revoltar quando alguém levanta questionamentos intrigantes..vemos com os olhos da experiência alheia.

    As palavras nos conectam de uma maneira sublime..interligam mentes, influenciam postura, direcionam olhares.

    as palavras são uma das tantas codificações da alma..(in)finitas

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  2. Fernanda... pensei, pensei e pensei... conclui... assim posso realizar o sonho de ser várias (os)... como Beatriz, a atriz de Milton (Nascimento).................

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  3. Andrea, mais uma vez fomos conectadas. Já que a resposta que escrevi para o seu comentário no útero vazio acabou sendo uma perfeita resposta para este seu post :)

    Nós, mulheres, estamos muito mais ligadas, interligadas, entrelaçadas do que nos damos conta. O desejo pela independência, pela autonomia, pela dignidade, pela evolução não é privilégio do homem. Nos últimos anos tenho me dedicado a pesquisar essas mulheres e me torno cade vez mais obcecada pelo vontade de encontrar cada uma delas e contar essa história coletiva do mundo e da alma feminina a mim mesma, a nós mesmas.

    Anne Frank lá em 1944 e ainda na adolescencia já mostrava como o confinamento e a forçada observação da rotina diária de sua mãe havia lhe feito amadurecer. Mas se a metade do seculo passado nos parece distante, bastou que eu lembrasse da rainha Elizabeth lá nos idos de 1500 e que eu descobrisse a Hepátia lá pelas voltas (pasmo!) do ano 355 para eu perceber que muitas de nós, tantas que sequer ousamos imaginar, compartilham o mesmo desejo sem saber.

    Anne quis abrir os olhos para a possibilidade de ser verdadeiramente livre. E não apenas livre até onde a família, a religião e a política do seu país permitia. Ela queria voar, e eu tenho certeza de que se ela tivesse tido a chance de escapar da raptura nazista e depois do campo de concentração, ela teria voado, como poucas de nós ousou voar.

    xxx

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  4. puxa Nicole... tão bacana esta tua pesquisa sobre o feminino... e compartilhá-la então, nem se fala... Anne Frank é um exemplo para mim, de alguém que achamos que sabemos tanto dela, e aí me surpreendo com este outro lado... na verdade sua investigação me encanta, porque fala da medida maior do que é ser mulher...

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