Elis Regina... 29 anos...

 

Cara feia pra mim é bode... Sou mais ardida que pimenta!!!

                                        

pimentanamuqueca.com.br

 

 

 

 

 

 

(Porto Alegre, 17 de março de 1945 – São Paulo, 19 de janeiro de 1982)

Ausência...

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

 

Carlos Drummond de Andrade

consulta!!!

Hoje não sei quem amo... e se amo... pq na verdade queria saber o que é o amor... aí fui consultar minhas entranhas... e outras cositas más... 

galizacig.com

Pra mim a coisa tem sido assim, um tanto budista, caminho do meio... coisas insanas??? Acho que não gosto delas... mas pensando bem acho que fui insana sim qdo permiti... mesmo não sendo consciente, gostava da possibilidade da heresia, de não fazer parte do pensamento comum... tenho uma contradição a explicar (pra quem?)... necessidade de revolução, mas com muita sensibilidade... lembrei do Che... “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”...

Depois da gde perda, precisei reconstruí... vínculos novos estão fazendo mais sentido... foi necessário fazê-los... deu trabalho (agora ficou mais suave...)... é hora do gde desafio, mas apenas um dos primeiros dentro deste gde... a estrada é maior do que se pensa, mas às vezes dá a sensação de se estar no fim...

Hj arrumei umas papeladas, joguei coisas fora e procurei outras... algo importante não consegui achar... daí a sensação do qto já se foi... talvez deva estar na metade, mas por hora pareço estar concluindo... talvez seja apenas uma passagem de ciclos... dizem que é um momento de quase morte... não com o peso negativo da palavra...

E o amor??? O amor foi quem me trouxe neste momento que escrevo... comecei falando dele...  li uma frase de Madre Teresa de Calcutá e reproduzo aqui, con permiso...

“Não ames pela beleza, pois um dia ela acabará. Não ames por admiração, pois um dia desiludir-te-ás. Ama apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.”

Achei pertinente...

Ah! Já sei quem amo!!! Ufa!!! É que pensei que o amor pudesse se explicar, mas Madre Teresa me inspirou...

quem me torno... ou, um pouco do outro em mim...

Eric White Images

 Interesso-me por quem você é..............

A partir de que ou quem... você é???

Por que, como, onde você é???

Foi isso que sempre fiz... me interessar pelo percurso... pela subjetividade...

Explico... procurando em sites, dicionários, encontraremos uma definição mais ou menos assim... SUBJETIVIDADE, nosso mundo interno que construímos a partir de meio-ambiente, valores, crenças, experiências... e isso tudo é determinante, influenciando nossos sentimentos, pensamentos e o modo como nos relacionamos com o outro............... na verdade este conceito é tão maior do que isso... sempre vamos encontrar dados para acrescentar...

Então, o outro me inquieta, a diversidade de pensamentos e ações... daí percebo que o que me intriga sou eu... verifico então porque só somos, a partir do outro... de repente vejo que esta teia é maior do que eu pensava...............

Paola... poeta do cotidiano... transforma em poema nossas lutas, nossos vazios...

Eva... contadora de histórias... somos transportados literalmente... como é bom...

Juliana... imaginando como podemos estar melhor neste planeta... indicando beleza, poesia, filmes, livros...

Fernanda... doses homeopáticas de sonhos...

Wilson... sem paciência pro virtual... mas super engajado...

José Carlos... sempre me contextualizando sobre questões do cotidiano...

Elaine... seu cantinho sempre me alertando sobre o que estou pondo pra dentro...

Ibirá... encontro com outra cultura...

Nicole... coragem pra falar de assunto delicado... idéias que compartilho...

Priscila... palavras bem colocadas... sem medo da super-exposição...

Alguns invisíveis que me acompanham no mundo virtual... e que compõe uma parte de minhas ferramentas para a construção de quem me torno...

Alguns autores, que já mencionei por aqui, alimentaram-me, socorreram-me, sustentaram-me,  eu reproduzia tudo.............. como havia paciência... e amor tb, eu sei... aqui reproduzo o que leio...

retratos...

Este post faz parte de meu interesse pela SUBJETIVIDADE..................... 

Estou lendo a resenha do livro “Retratos da Juventude Brasileira: análise de uma pesquisa nacional”, que tem Helena Abramo*¹ como uma das organizadoras.

(resenha de Cristiane A. Fernandes da Silva, doutoranda em Sociologia, USP)

São 14 capítulos, com variadas abordagens baseadas em pesquisas realizadas nas cinco regiões do Brasil...

Tantos detalhes, tantos pensamentos... enfim...

csj.g12.br

Minha formação nas humanidades, claro, não me deixa pensar os números sem questioná-los... pesquisas quantitativas, estatísticas... mas com um bom intérprete a coisa muda de figura...

Achei interessante a análise de Antonio Lassance*²... diz que nestes cinco cantos do Brasil, podemos encontrar certa unidade de pensamento entre os jovens... que basicamente as diferenças estão entre cidade pequena, média ou grande, periferia, zona urbana e zona rural...

Sobre esta unidade fala sobre o otimismo exagerado que existe neste jovem brasileiro quanto ao seu próprio futuro, e a idéia de que ser jovem, passa por ter clara a convivência com riscos... tem também um otimismo com o Brasil, mas em contra-partida não tem grandes expectativas com o mundo... parece contraditório??? Pensei um pouco e conclui que contraditório talvez não seja a idéia central...

Neste momento somos multifacetados, os caminhos são muitos (ou todos), podemos “pra caramba”... e acho que realmente isso é verdadeiro... e às vezes um tanto cruel... tantas possibilidades podem confundir, paralisar...

CONTINUA...

*¹ Socióloga, pesquisadora de temas relativos à juventude.

*² Professor e Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Cientista Político (Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília)