domingo, 8 de abril de 2012

eu, Lima Barreto e o tempo...

google imagens
Devo confessar que o encontro com Lima Barreto aconteceu meio tarde neste meu percurso... como outros tantos... faço tudo muito tardiamente na vida... não tenho a certeza desta afirmação ser um fato ou uma forma de sentir o mundo... (não obtive a devida condução???)... tb por isso a opção de não trazer pro mundo dos fenômenos  um ser humano... hj sei que minha intuição estava certa... não saberia dar o devido encaminhamento para tão importante decisão (outrora)... 
Passados os anos, a clareza de tempo perdido... recuperando, uma redundância, "em tempo"...
Enfim, Lima revirou minhas entranhas vivendo suas circunstâncias de forma tão genuína, profunda... não conseguia ser refratário ao seu tempo histórico, como acontece com alguns poucos de nós, a qualquer tempo... 
Imprimiu em seus personagens esta vivência íntima com os acontecimentos, colocando uma pitada dele mesmo em cada um: razão, sensação, emoção... não se limita a narrar... denuncia, milita através da 'ficção', que acabamos por perceber a cada instante não tratar-se de pura imaginação... 
A implantação da 'coisa do povo' (Res-pública) no nosso país estava grávida de desejos... é que o desejos não estavam afinados... daí percebemos que ao longo de nossa história os desejos dificilmente estão em sintonia... e é isso que nos caracteriza essencialmente como seres humanos??? 
A questão é que esta falta de sintonia traz para a história circunstâncias que dilaceram, causam grandes enfrentamentos, (des) encontros... sempre a vontade de quem obtém historicamente os meios, a facilidade das possibilidades não está afinada com quem quer tb obtê-los... como se 'a coisa' fosse apenas permitida pra um grupo, que a despeito do outro, detém os recursos ou a contingência para.............
Retomando cada ponto da história verificamos a repetição dos fatos... e, como a personagem Olga do Lima Barreto, constato os fatos, porém deixo a cargo da própria história as consequências dos acontecimentos, ou me limito a fazer o que me cabe... por outro lado percebo tanta ingenuidade em algumas ações... enxergando mesmo o major Quaresma nelas... 
E revisitando (como sempre) nossa linha do tempo (não tão linear assim), quero supor que esteja me preparando para saber quem sou politicamente, intelectualmente, e preparando outros tb (com os recursos de que tenho me apropriado), para não incorrer no erro de agir apenas pensando na força dos meus atos como coerção... como com Floriano, que apesar de não ser preparado para seu cargo, sabe exatamente o peso de suas ações...


obs.: Preciso um dia falar de um filósofo que põe todas estas questões 'por terra'... Luís Felipe Pondé... professor da PUC, tem me feito companhia há uns dois anos, sempre me colocando frente aos meus pensamentos, mas ao contrário... difícil dizê-lo... tenho uma relação extremista com ele... 

Um comentário:

  1. OI linda, pelo pouco que te conheço você realmente gostou deste (escritor?), você fala muito bem dele... Achei interessante, minha irmã disse que conhece um pouco da obra dele! bjkkass...

    ResponderExcluir